O nordeste começou a ser colonizado pelo litoral, onde
ocorria o plantio da cana-de-açúcar, o que motivou os portugueses a
ocuparem a região. As áreas não habitadas receberam o nome de deserto ou
desertão, que posteriormente resumiu-se a sertão.
Para processar o açúcar surgiram os engenhos, que utilizavam
o gado para mover as moendas. O gado foi importado exclusivamente para este
fim. Com o tempo o rebanho aumentou e começou a ocupar cada vez espaço, o que
provocou conflitos entre os senhores de engenho e os criadores de gado. Para solucionar
o problema em 1701 foi elaborada uma Carta-Régia, que determinou a retirada do
rebanho das áreas litorâneas. Os criadores de gado migraram para o sertão, onde
fundaram suas fazendas. Tempos depois, essas fazendas tornaram-se povoados,
vilarejos, vilas e, finalmente, cidades.
Mossoró, Rio Grande do Norte
Um exemplo de município criado a partir de uma fazenda.
Créditos da foto: Pereyra
O açúcar não foi esquecido. Foram instaladas, durante o
império, grandes unidades de processamento de cana-de-açúcar, chamados de
engenhos centrais, o que provocou a revolução da economia local. Estas usinas substituíram
as antigas fábricas de açúcar que datavam do período colonial, que determinou a
efetiva industrialização do setor.
Engenho de açúcar
Créditos da foto: História digital
Atualmente, a região nordestina se destaca nacionalmente por seu avanço econômico acelerado, acima da média das demais regiões e ocupa o terceiro lugar em maior economia do Brasil entre as grandes regiões. O estado da Bahia é responsável por cerca de 95% da produção do cacau no Brasil, porém, apesar dos números, o desenvolvimento da região ainda não se reflete na qualidade de vida da população, uma situação que se repete em muitos estados do nordeste. Por causa dessa deficiência, muitos nordestinos migram para outros estados, em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho.
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